quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Auxílio Mútuo

Diante dos companheiros, André leu expressivo trecho de Isaías e falou, comovido, quanto às necessidades da salvação.

Comentou Mateus os aspectos menos agradáveis do trabalho e Filipe opinou que é sempre muito difícil atender à própria situação, quando nos consagramos ao socorro dos outros.

Jesus ouvia os apóstolos em silêncio e, quando as discussões, em derredor, se enfraqueceram, comentou, muito simples:

- Em zona montanhosa, através de região deserta, caminhavam dois velhos amigos, ambos enfermos, cada qual a defender-se, quanto possível, contra os golpes do ar gelado, quando foram surpreendidos por uma criança semimorta, na estrada, ao sabor da ventania de inverno.

Um deles fixou o singular achado e clamou, irritadiço: – “Não perderei tempo. A hora exige cuidado para comigo mesmo. Sigamos à frente”.

 O outro, porém, mais piedoso, considerou:

 - “Amigo, salvemos o pequenino. É nosso irmão em humanidade”.

- “Não posso – disse o companheiro, endurecido -, sinto-me cansado e doente. Este desconhecido seria um peso insuportável. Temos frio e tempestade. Precisamos ganhar a aldeia próxima sem perda de minutos”.

E avançou para diante em largas passadas.

O viajor de bom sentimento, contudo, inclinou-se para o menino estendido, demorou-se alguns minutos colando-o paternalmente ao próprio peito e, aconchegando-o ainda mais, marchou adiante, embora menos rápido.

A chuva gelada caiu. Metódica, pela noite a dentro, mas ele, sobraçando o valioso fardo, depois de muito tempo atingiu a hospedaria do povoado que buscava.  Com enorme surpresa, porém, não encontrou aí o colega que o precedera. Somente no dia imediato, depois de minuciosa procura, foi o infeliz viajante encontrado sem vida, num desvão do caminho alagado.

Seguindo à pressa e a sós, com a idéia egoística de preservar-se, não resistiu à onda de frio que se fizera violenta e tombou encharcado, sem recursos com que pudesse fazer face ao congelamento, enquanto que o companheiro, recebendo, em troca, o suave calor da criança que sustentava junto do próprio coração, superou os obstáculos da noite frígida, guardando-se indene de semelhante desastre. Descobrira a sublimidade do auxílio mútuo… Ajudando ao menino abandonado, ajudara a si mesmo. Avançando com sacrifício para ser útil a outrem, conseguira triunfar dos percalços da senda, alcançando as bênçãos da salvação recíproca.

A história singela deixara os discípulos surpreendidos e sensibilizados.

Terna admiração transparecia nos olhos úmidos das mulheres humildes que acompanhavam a reunião, ao passo que os homens se entreolhavam, espantados.

Foi então que Jesus, depois de curto silêncio, concluiu expressivamente:

- As mais eloqüentes e exatas testemunhas de um homem, perante o Pai Supremo, são as suas próprias obras. Aqueles que amparamos constituem nosso sustentáculo. O coração que socorremos converter-se-á agora ou mais tarde em recurso a nosso favor. Ninguém duvide. Um homem sozinho é simplesmente um adorno vivo de solidão, mas aquele que coopera em benefício do próximo é credor do auxílio comum. Ajudando, seremos ajudados. Dando, receberemos: esta é a Lei Divina.

(Da obra “Jesus no Lar”, do espírito Neio Lúcio. Psicografia de Chico Xavier. Editora FEB – Federação Espírita Brasileira)
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No mês de São Francisco de Assis, achei muito simbólica essa mensagem e resolvi postar.
Que Deus abençoe a todos nós!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

VIVER MELHOR!


Todos queremos ser felizes, viver melhor.
Entretanto, ouçamos a experiência.


A felicidade não é um tapete mágico. Ela nasce do bem que
você espalhe, não daqueles que se acumulam inutilmente.
Tanto isto é verdade que a alegria é a única doação que você
pode fazer sem possuir nenhuma.
Você pode estar em dificuldade e suprimir muitas dificuldades
dos outros.


Conquanto às vezes sem qualquer consolação, você dispõe
de imensos recursos para reconfortar e reerguer os irmãos em
prova ou desvalimento.

A receita de vida melhor será sempre melhorar-nos, através
da melhora que venhamos a realizar para os outros.

A vida é dom de Deus em todos.

E quem serve só pra si não serve para os objetivos da vida,
porque viver é participar, progredir, elevar, integrar-se.

Se aspiramos a viver melhor, escolhamos o lugar de servir na
causa do bem de todos.
Para isso, não precisa você condicionar-se a alheios pontos de
vista...

Engaje-se na fileira de servidores que se lhe afine com as aptidões.
Aliste-se em qualquer serviço no bem comum.
É tão importante colaborar na higiene do seu bairro ou na
construção de uma escola, quanto auxiliar a uma criança necessitada
ou prestar apoio a um doente.

Procure a Paz, garantindo a Paz onde esteja.

Viva em segurança, cooperando na segurança dos outros.
Aprendamos a entregar o melhor de nós à vida que nos rodeia
e a vida nos fará receber o melhor dela própria.

Seja feliz, fazendo os outros felizes.

Saia de você mesmo ao encontro dos outros, mas não resmungue,
nem se queixe contra ninguém. E os outros nos farão
encontrar Deus.
[/u]

Não julgue que semelhante instrução seja assunto unicamente
para você que ainda se acha na Terra. Se você acredita que os
chamados mortos estão em paz gratuita, engano seu, porque os
mortos se quiserem paz que aprendam a sair de si mesmos e a
servirem também.
 
(trecho do Livro Respostas da Vida de Andre Luiz, psicografado por nosso querido Chico Xavier)

Todos podemos dar algo de nós

Valor pessoal

Em uma antiga cidade da Pérsia, existia uma Academia onde se reuniam os sábios da época. Chamava-se Academia Silenciosa, porque os seus membros deveriam se manter calados quanto possível, em meditação, resolvendo os problemas que lhes eram apresentados.

Certo dia, em que todos estavam reunidos, apresentou-se um eminente pensador. Chamava-se Doutor Zeb e foi ali propor a sua candidatura a um lugar entre aqueles sábios.

O Presidente da Academia o atendeu em silêncio. Depois, diante dos diversos acadêmicos, escreveu o número mil no quadro de giz, colocando um zero à sua esquerda, fazendo-o entender que este era o seu significado para os presentes.

Doutor Zeb, sem se incomodar, apagou o zero e o transferiu para o lado direito do número, tornando-o dez vezes maior.

Surpreendido, o sábio tomou de uma taça de cristal e encheu-a com água, de tal forma que, se uma única gota fosse acrescentada, a água transbordaria.

O candidato, sem se perturbar, tirou uma pétala de bela rosa que adornava o recinto e a colocou sobre a água da taça, que se manteve sem nenhuma perturbação.

Diante da excelente resposta, Dr. Zeb foi então admitido como membro daquele colégio de sábios.

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Por vezes, na vida, nos sentimos qual o zero à esquerda. Acreditamos que não valemos nada, que nada de produtivo para o mundo podemos oferecer, que não fazemos falta.
É um sentimento de menos valia. Em tais dias, é importante nos lembrarmos da sabedoria do Dr. Zeb. Sempre temos algo a acrescentar de bom, útil ou belo para a vida.
Podemos ser a dona de casa, às voltas com as mil tarefas domésticas, que se detém no jardim e planta uma flor. Flor que desabrochará em colorido e perfume, embelezando o dia.
Podemos escrever um bilhete a um amigo distante, telefonar a um companheiro que está na solidão. Todos podemos dar algo de nós.
Ler uma página reconfortante ao idoso, cujos olhos se apagaram no escoar dos anos. Levar a passeio uma criança para que ela se encontre com o calor do sol, salte alegre na grama, encha de terra e pedrinhas as mãos miúdas.
Podemos confeccionar um agasalho para aquecer um pequerrucho. Costurar uma peça de enxoval para quem vai renascer. Sorrir, cantar.
Quantos talentos possuímos que esquecemos de utilizar, de valorizar?
Cada criatura, na face da Terra, é única, e valiosa.
Ninguém substitui integralmente o outro, porque cada ser é especialmente dotado com timbre de voz inigualável, personalidade própria.
Pensemos em como no mundo podemos ser a pétala de rosa, que embeleza a taça cheia d'água, acrescentando ainda o delicado perfume da presença.
Todos possuímos recursos inimagináveis que estão em germe em nossa alma, aguardando os nossos estímulos. 
Possuímos o Cristo interno, poderoso, que é nosso. 
Permitamos que Ele aja através de nós. 
Com Ele, teremos decisão para deixarmos os pensamentos doentios que se transformam em tormentos.
Saiamos pelas ruas, semelhantes ao sol da primavera que espanca o inverno e anuncia que logo mais haverá explosão de flores e perfumes no ar.

Redação do Momento Espírita, com base na Introdução do livro Vida feliz e no cap. 10 do livro Filho de Deus, ambos pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal. Em 30.09.2010.

Começo de mês...

Todo começo é um misto de expectativas e medo do porvir. Às vezes medo dos trabalhos, das mudanças, do "quebrar os ovos para se fazer uma omelete".
Hoje se começa o mês de outubro. E com esse início, vão-se uma série de coisas pelo caminho. Coisas que fizemos - nossos êxitos, coisas que não voltam mais - oportunidades perdidas. Problemas, felicidades, desapontamentos, sucessos...
Mais que qualquer receio, é importante cultivar a fé e a esperança, porque o amanhã deve sempre gerar um sentimento positivo em nós. De forma que não esqueçamos que o HOJE é que está em nossas mãos, ao alcance de nossas atitudes.
Então, se temos algo para fazer é bom que comecemos logo, junto com o começo do mês para termos mais ânimo, mais sorte!
Que Outubro seja para todos nós um mês de muitas realizações.
Que possamos, todos agir em busca daquilo que acreditamos, sempre!
Com fé em Deus e atitude nos pés e nas mãos, a hora de fazer é agora!
Mãos à obra!

Tolerância

Lembre-se sempre disso: 
as coisas que você tem que tolerar 
são muito pequenas e insignificantes 
quando comparadas 
à sua grandeza e aquisição. 
E para aumentar o seu poder de tolerância 
pense no seguinte: 
é Deus quem me pede para tolerar. 
E cada vez que sou tolerante, 
Ele me abençoa. 
Quando você tem o poder de tolerar, 
adquire todos os outros poderes
porque tolerar não é morrer, 
mas voar.

(Brahma Kumaris)