Temos milhões de analfabetos com diploma! Afinal no Brasil, o que conta mesmo é o diploma, jamais a educação.
Já escrevi mais de um artigo a favor do homeschooling. Porém, vendo alguns vídeos assustadores sobre a violência contra professores no que passa por “escola pública” hoje no Brasil, pergunto-me se, na verdade, esses alunos estão ali justamente porque os pais, no caso em que estes existam, não os querem em casa. A escola virou uma espécie de creche para pequenos marginais. Por algumas horas por dia, a família tem sossego…
Tendo trabalhado por anos no ramo da educação, aprendi algumas coisas:
1) A escola é supervalorizada. Precisamos realmente de quinze anos de educação? Todos precisam aprender (mal) sobre História e Biologia, esquecendo isso logo depois? Uma minoria, que irá depois para a universidade ou entrará em um mercado de trabalho mais avançado, talvez precise. O resto, precisa apenas aprender as operações básicas da aritmética, a tabuada, a ler e a escrever.
2) Mesmo a Universidade é supervalorizada. O que é mais necessário em uma sociedade? Encanadores ou graduados em Ciências Políticas? Mas isso é assunto para outro post.
3) Alguns alunos não têm capacidade para aprender e provavelmente não deveriam nem estar em uma escola de segundo grau, quanto menos em uma universidade, para o seu próprio bem.
4) Muitos alunos que têm capacidade, no entanto não querem aprender. E não há nada, absolutamente nada que você possa fazer para ensinar um aluno que não quer estudar.
5) O melhor que a escola pode fazer por algumas pessoas é simplesmente ensinar-lhes noções básicas de respeito, disciplina e obediência. Lamentavelmente o Paulo Frieira e outros intelectualóides ferraram com isso, com suas idéias delirantes de igualdade entre aluno e mestre.
6) Antes os alunos usavam uniforme e apanhavam do professor, o que podia ser cruel mas funcionava. Hoje, perdida toda noção de autoridade do professor, os alunos se vestem como membros de gangues e batem nos professores, quando não os matam.
7) A culpa não é só do aluno, mas também, sim, dos pais. Hoje em dia há pais que acreditam que quando o aluno vai mal em uma prova, a culpa é do professor, e saem a discutir com ele. Também os pais perderam o respeito pelos professores ao mesmo tempo em que não conseguem ter autoridade sobre os próprios filhos.
As tecnologias da informação como telefones celulares e outros aparelhos portáteis podem até ter suas vantagens, mas tornaram as escolas de segundo grau um inferno. Em vez de prestar atenção, os alunos estão trocando mensagens ou filmando-se a si mesmos com seus celulares, para depois colocar no Youtube.
Eu não digo que tenha a solução para os problemas da educação no Brasil, mas começaria por algumas coisas: um, trazer de volta a autoridade do professor, se não com castigos físicos, ao menos com punições severas em caso de desrespeito. Pois nem isso ocorre hoje: observe que, no caso da aluna que atirou uma cadeira contra o professor e o chamou de idiota, a escola ainda está pensando se deve puni-la…
Dois, tornar a escola secundária algo não-obrigatório, liberando os alunos preguiçosos ou imbecis mais cedo para as ruas, e os mais inteligentes para estudarem por sua conta ou com a ajuda de seus pais. O fato é que esse negócio de escolarização muitas vezes só serve para fins estatísticos, para o governo poder dizer que existem 99% de alfabetizados (mentira).
Temos milhões de analfabetos com diploma! Afinal no Brasil, o que conta mesmo é o diploma, jamais a educação. Estudar para adquirir conhecimento? Ora, isso é coisa de jumento.
A observação “A escola virou uma espécie de creche para pequenos marginais. Por algumas horas por dia, a família tem sossego…” pra mim resumiu toda essa questão atual da educação no Brasil. E, diga-se de passagem, esse não é um problema exclusivo de escolas públicas. Tem muita escola particular, com uma realidade piorada e o “discurso Lady Kate” na ponta da língua: “Tô pagando!”. E esse caos educacional só adquiriu proporções maiores quando se deixou de punir no bolso os pais displicentes, deixando-lhes o direito à inadimplência sem a mínima penalidade e para colocar a azeitona na empada, o estatuto da criança e do adolescente absurdamente deturpado ao longo de sua criação.
No primeiro caso, definitivamente tornou a escola uma empresa sobretudo, dando aos pais e alunos plenos poderes sobre o professor, um rélis empregado. E no segundo, que deveria assegurar a criança e ao adolescente uma formação moral decente, acabou tornando um número cada vez maior deles exatamente marginais e com uma vantagem: ficha limpa aos 18 anos!
Existem muitas teorias para melhorar a educação de verdade nesse país. Mas o monstro que guarda o portal de acesso a elas é muito forte e assustador: a falta de vontade política. Também, pudera! Eleitor inteligente não elege político que aumenta o próprio salário! E qual é o político que quer isso?
Idiotas somos nós, não eles. Taí o Tiririca na Câmara dos Deputados, eleito por SP (o estado dito pensante e trabalhador do país) que não me deixa mentir…
Aproveito para recomendar o blog do Linhares. Tudo de bom...
Uma linda reflexão a respeito de tudo aquilo que queremos de verdade, enquanto pais, para nossos filhos: FELICIDADE.
E é nesse esforço constante que muitas vezes dispendemos energias de forma equivocada, deixando de fazer o que realmente importa, ofuscados por falsos valores/idéias e pior, ofuscando nossos pequenos também.
Tudo que ele fala, a gente até já sabe. Só que muitas vezes esquece...
Daí uma paradinha para refletirmos mesmo, não só enquanto pais, mas sobretudo enquanto pessoas sobre esse assunto tão importante: o que de fato estamos fazendo para que nossos filhos sejam realmente felizes?
Muitas denominações que só cabem juntas dentro de uma MULHER!!!
Ei, já que tá olhando meu perfil mesmo, faz uma visita no blog:
www.meupensamentododia.blogspot.com
A observação “A escola virou uma espécie de creche para pequenos marginais. Por algumas horas por dia, a família tem sossego…” pra mim resumiu toda essa questão atual da educação no Brasil. E, diga-se de passagem, esse não é um problema exclusivo de escolas públicas. Tem muita escola particular, com uma realidade piorada e o “discurso Lady Kate” na ponta da língua: “Tô pagando!”. E esse caos educacional só adquiriu proporções maiores quando se deixou de punir no bolso os pais displicentes, deixando-lhes o direito à inadimplência sem a mínima penalidade e para colocar a azeitona na empada, o estatuto da criança e do adolescente absurdamente deturpado ao longo de sua criação.
No primeiro caso, definitivamente tornou a escola uma empresa sobretudo, dando aos pais e alunos plenos poderes sobre o professor, um rélis empregado. E no segundo, que deveria assegurar a criança e ao adolescente uma formação moral decente, acabou tornando um número cada vez maior deles exatamente marginais e com uma vantagem: ficha limpa aos 18 anos!
Existem muitas teorias para melhorar a educação de verdade nesse país. Mas o monstro que guarda o portal de acesso a elas é muito forte e assustador: a falta de vontade política. Também, pudera! Eleitor inteligente não elege político que aumenta o próprio salário! E qual é o político que quer isso?
Idiotas somos nós, não eles. Taí o Tiririca na Câmara dos Deputados, eleito por SP (o estado dito pensante e trabalhador do país) que não me deixa mentir…
Aproveito para recomendar o blog do Linhares. Tudo de bom...