terça-feira, 15 de março de 2011

Incentivo

Os Espíritos ensinam que a evolução humana se dá sob o influxo de um conjunto de Leis morais. Elas versam sobre os mais diversos setores e constituem um roteiro de felicidade.

O Espírito que logra segui-las evolui em linha reta para Deus. Já o que se permite violá-las e se torna um rebelde enfrenta incontáveis percalços em sua caminhada. Essas Leis contam com sofisticados processos para conduzir os seres humanos. Possuem atrativos, a fim de orientar por onde se deve seguir.

Por exemplo, a Lei de conservação, que envolve os cuidados que se deve ter com o próprio corpo. 


O gozo dos bens terrenos, como o comer e o beber, é propositadamente saboroso. Evidentemente, há o uso regular e o abuso. Deve-se buscar o equilíbrio, com o qual se assegura uma vida terrena longa e produtiva.


O mesmo ocorre com a Lei de reprodução. Por força dela, os Espíritos têm oportunidade de renascer em novos corpos na Terra. 


O magnetismo sexual e o prazer nele envolvido garantem que a procriação seja constante.

Do mesmo modo, ocorre com a Lei de sociedade. Os homens devem conviver, a fim de aprenderem uns com os outros e se auxiliarem mutuamente. 


Da convivência, gradualmente surgem importantes virtudes, como a tolerância e a fraternidade.

O homem é um ser social por natureza. Ou seja, ele sente necessidade de conviver. Precisa se sentir refletido no olhar alheio, deseja receber toques físicos e emocionais. Trata-se de uma poderosa necessidade humana, que não deve ser desconsiderada.



Um erro comum que os pais cometem é só prestar atenção quando os filhos causam ou enfrentam problemas. Como estes necessitam ser notados, podem, até de forma inconsciente, começar a se tornar complicados.



À míngua de toques positivos, ao procederem de modo estranho, asseguram ao menos os negativos. Ocorre que não apenas as crianças desejam ser notadas. Os adultos também precisam de cuidados.

É comum cuidar-se de quem vai mal, de quem tem graves problemas e sucumbe. Enquanto isso, quem, embora com dificuldades, persevera no bom caminho recebe reduzida atenção.



Raros se lembram de elogiar o homem de vida reta.

Quem trabalha, estuda e cuida dos seus deveres torna-se um anônimo inconsiderado. Entretanto, todos necessitam de uma palavra de incentivo, de um gesto de apreciação.



É válido e imprescindível cuidar de quem se equivoca, de quem cai perante os problemas do mundo. Mas não dá para esquecer de incentivar o esforço sincero da pessoa equilibrada. 



Os que vivem honestamente, os que não possuem vícios, os que são fiéis aos seus compromissos são o esteio da sociedade. Convém reparar neles e incentivá-los a que persistam.

Afinal, todos necessitam receber algum reconhecimento.

Pense nisso.

(Redação do Momento Espírita. Em 16.02.2011.)

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De fato, e, como nada é por acaso, passo exatamente sobre a problemática citada no texto! Às vezes somos realmente levados a perceber apenas aquilo que nos incomoda e esquecemos de enaltecer muitas virtudes, fazendo exatamente o inverso do que deveríamos: elogiamos menos, criticamos mais.
E isso não é um privilégio só de filhos, como é exemplificado no texto.
Fazemos isso com tanta gente, o tempo todo. Pior, muitas, muitas vezes com nós mesmo, na maioria dos casos. Deixamos nossos defeitos se sobressaírem...
Talvez porque, apesar da transformação latente em mundo de regeneração, estejamos ainda vivenciando um mundo de provas e expiações, onde a dor ainda sobrepõe o amor.
Mas de qualquer forma fica o alerta pra nós: é preciso mudar, reagir a esse conceito. Procurar ver mais beleza e felicidade nas coisas e pessoas, das pequenas às maiores!
Já dizia o mestre Ghandi "Nós devemos ser a mudança que queremos para o mundo."
E vamos tentando, de passinho em passinho, porque o caminho é longo, a estrada não é fácil e o tempo é breve!
Abraços a todos!

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